Sarah Passos Vieira da Costa

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24 anos, brasileira, palmeirense.

Objetivo:

ser ridiculamente feliz. Até doer.

Escolaridade:

• 24 intensos anos na Escola da Vida (1985 a atual);
• Phd em brincadeira no balanço do parquinho.

Experiência:

• Residência Passos Vieira (cargo - boleira). Atribuições: invenção de receitas e preparo de bolos diversos (de 1992 a atual);
• Sopradora de bolhas de sabão (aproximadamente 827946094 bolhas assopradas) (de 1989 a atual);

Idiomas:

• Português - básico;
• Criançês - fluente;
• Mediquês - intermediário.

Habilidades:

Pular corda, pintar com lápis de cor aquarelável, pular amarelinha, falar besteira, pular quando está feliz e brincar de faz de conta.

Sonhos:

Uma bicicleta.

Um fusca.

Um bebê (que chore baixinho).

Na verdade...

Não era para ser assim!

Era pro chocolate ter penetrado no bolo...

Pra ficar bem molhadinho!

Era pra ficar mais fofo, não era pra ter murchado no meio...

E era pra ser um pouco mais docinho.

Mas sabe?

Ficou bom!

Quem foi que disse que precisa ser perfeito...

Pra ser gostoso?

Receita 1 do livro : como produzir um canalha

É época de escola e ele ainda está dando um duro danado para descobrir quem é. Cada respiração sua é analisada pelo resto do pessoal, e qualquer coisa o faz ser motivo de chacota.

Por um desses azares do destino - e da genética - ele calhou de ser gordinho. É negro e disléxico. É magrelo e baixinho. Tem espinhas. Gosta de RPG, música clássica, história da Grécia. Não leva jeito para os esportes e nem com as garotas.

E assim, por puro e absoluto acaso de probabilidade e por ter sua individualidade, sofre julgamento dos demais. Não por serem melhores do que ele, mas por estarem assustados demais para olharem para si próprios e as mudanças que estão sofrendo também. Afinal, o que tem de tão errado em gostar do que ele gosta e ser quem ele é?

Não importa, eles não querem saber. E ele não terá paz tão cedo.

Acontece que esse cara vira adulto um dia, e impulsionado pelo desejo de se provar ganha dinheiro e poder. Para sua sorte, hoje em dia se pode comprar tudo no cartão de crédito. Inclusive as mais maravilhosas mulheres.

Cala a boca de tudo e de todos... Aprende o gosto de estar do outro lado. E se vicia... Em usar as pessoas.

(que fique claro que existem infinitas formas de se produzir um canalha)

No dia que virei adulta...

No dia em que virei adulta, comecei a bater cartão. Os sapatos que me servem começaram a variar em tons de preto, bege e marrom, e não tem mais cheirinho de morango.

Comecei a achar charme em homens de cabelo grisalho e notei que a galera de Malhação usa roupas bem diferentes e mais descoladas que as minhas.

No dia em que virei adulta comecei a pagar contas e impostos ridículos. Notei que ouço as mesmas rádios que meus pais e que eles agora me pedem conselhos também, sobre como educar meu irmão mais novo e que cor pintar a parede da sala.

Sofri um pouco ao arrancar meus primeiros cabelos brancos e notar minhas primeiras rugas, mas ri ao perceber que mesmo adultos tem suas primeiras vezes.

Sofri também ao notar que a vida segue seu curso e que nada é permanente. Aprendi a me conformar, aceitar, crescer. Mesmo que isso às vezes doa bastante.

Notei que a adultescência é tão assustadora quanto imaginei e até um pouco pior. Mas quer saber? ESTOU ADORANDO!

Hoje é dia...

De desligar o som do carro e ouvir a chuva

De calar os pensamentos e ouvir a vida

De acalmar o coração.

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(Vem chuva e leva embora meu cansaço... Meus fracassos... Meus pecados)

Ah!

Só para registro...

A poesia está nos olhos do poeta... Logo, nunca mente! ;) (Visto que é apenas um ponto de vista)

Acho imensa graça toda vez

Que te pego com ciúme!

Depois que fez tudo o que fez...

Ainda mais que não assume.

Pouco me importa o motivo

Se é amor, se é paixão

Ou apenas orgulho ferido.

Só não finja não ter um coração.

Não se engane ao gritar

A tudo e todos

Que não te importo nada.

Não se iluda ao achar

Que somos página virada.

É tarde e preciso dormir.

Desculpe, amor!

Vou pedir para você sair

Dos meus pensamentos,

Sonhos, alma, respiração.

Quero recuperar o frescor

De um coração vazio.

(sem métrica nenhuma, desmedido como era o sentimento.... Ufa! Já foi!)