sexta-feira, 29 de abril de 2011

O que fazer quando se fica sem palavras?

O que fazer quando não há desculpas suficientes e os caminhos são diferentes?

Aprender com os erros...

E citar palavras de quem conseguiu extrair poesia da dor.

Trecho de "Perdendo Dentes", de Pato Fu
Composição : John/Fernanda Takai

Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

[e nem vou esquecer]

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fazendo as malas...

Existem poucas coisas na vida que amo mais do que fazer uma mala para viajar. Para mim este costuma ser um momento sublime de planejamento, expectativas e, na maior parte dos casos, de alegria.

Sabe, já me controlei a ponto de não criar expectativas sobre uma viagem... Ou estive triste a ponto delas não se manifestarem. Preciso dizer a quem não passou por isso: sem expectativas, você perde metade da emoção.

Quando escolho o que vai comigo para as minhas fascinantes experiências, imagino as situações pelas quais vou passar, e com isso já vivo com prazer momentos deliciosos e hipotéticos. Escolho minha melhores roupas, as combino, penso no que poderei fazer, como vou cheirar para os outros, como sairei nas fotos de lembrança.

Uma coisa que me parece linda é que, em uma mala de viagem, só levamos o necessário. Cortamos o supérfluo por questões de peso e espaço. Escolhemos os itens materiais que farão parte desta experiência, o que de nosso estará inserido em um todo completamente novo e alheio.

Hmmm, adoro viajar. E é por isso que já começo a viajar ao arrumar as minhas malas.


PS.: Estarei fazendo as malas para uma das minhas mais fascinantes viagens em breve... Mas as malas de lembranças já estão encaminhadas!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A esmo...

E assim, como se fizesse isso todos os dias, ela saiu de casa andando sem direção em um dia não planejado qualquer. Só sabia que tinha que andar para frente...

Há muito ouvia o chamado do seu coração, puxando-a para fora dali como um ímã de grande força.

E, por medo do desconhecido, ela se segurou teimosamente por muito tempo...

Mas o sentimento de estar no lugar errado só cresceu, e cresceu até se tornar tão imenso que não haveria mais como negar sua existência.

Quem quisesse ou parasse para olhar, podia notar: ela não pertencia àquele lugar. E não tinha nada que a fizesse pertencer, por mais que ela quisesse...

A dor do desprendimento foi grande, porque não é fácil ser acordado do quentinho, mesmo que meio desconfortável, e andar no vento frio até chegar na sua cama.

E, mesmo com medo, ela anda... Se acostumando com um sentimento de liberdade nunca antes experimentado. Ela anda... Com o sentimento de que o caminho ainda está escuro, mas leva ao destino que ela quer chegar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ô, manhê!

Eu não gosto de usar sapato.
Até acho bonito, mas calçar eu passo!
Pode ser rosa e ter cheiro de chiclete,
Mas de cadarço eu não sou tiete.

É que o meu pé precisa de ar,
Preso ele se enche de chulé.
Até pé precisa respirar,
Só quem já foi pé sabe como é.

Pense que delícia
Sentir o toque do chão...
Claramente devo ter atenção,
Mas já tenho a malícia.

Por favor, mainha, me escute!
Guarde o dinheiro do meu kichute
E vamos gastar tudo em bolha de sabão.


[Homenagem ao "One Day Without Shoes" - http://www.youtube.com/watch?v=BitShRujoeA&feature=channel ]

sexta-feira, 1 de abril de 2011



As sextas-feiras me dão uma inspiração diferente.
Parecem ter um raiar de nova vida
Me lembram uma echarpe colorida
E dão um frescor radiante à minha mente.

Ao acordar, neste dia especial
Me empolgo de maneira contagiante!
Até esqueço que é um dia normal
E que continuo sendo gente grande...

Que não posso mais enrolar
Na sala de cházinho da escola
Fingindo estar passando mal.
Vou lá no médico ver se ele me descola
Um atestado para eu sonhar.

Não adianta... Fingir por fora que cresceu,
Arrumar carreira e dinheiro.
Se aqui dentro, alguma coisa ainda não amadureceu
E ainda não me sinto inteiro.