quarta-feira, 13 de abril de 2011

A esmo...

E assim, como se fizesse isso todos os dias, ela saiu de casa andando sem direção em um dia não planejado qualquer. Só sabia que tinha que andar para frente...

Há muito ouvia o chamado do seu coração, puxando-a para fora dali como um ímã de grande força.

E, por medo do desconhecido, ela se segurou teimosamente por muito tempo...

Mas o sentimento de estar no lugar errado só cresceu, e cresceu até se tornar tão imenso que não haveria mais como negar sua existência.

Quem quisesse ou parasse para olhar, podia notar: ela não pertencia àquele lugar. E não tinha nada que a fizesse pertencer, por mais que ela quisesse...

A dor do desprendimento foi grande, porque não é fácil ser acordado do quentinho, mesmo que meio desconfortável, e andar no vento frio até chegar na sua cama.

E, mesmo com medo, ela anda... Se acostumando com um sentimento de liberdade nunca antes experimentado. Ela anda... Com o sentimento de que o caminho ainda está escuro, mas leva ao destino que ela quer chegar.

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